segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Memórias de uma moeda de 200$


Olá. O meu nome é 200$, fui feita em 1996 com as minhas milhares de irmãs na Casa da Moeda. Sou a moeda Portuguesa de maior valor e andei em circulação durante cinco anos. Quando era nova e brilhante todos me queriam ver e tocar, em bolsos de seda andei e com outras moedas valiosas brinquei, e as mais velhas avisavam-me: “O país podes vir a percorrer e uma vida cansativa vais ter!”. Conversas tolas às quais eu não ligava, até ao dia em que do meu primeiro dono me separei. Juntamente com algumas companheiras fui posta num pratinho e aí me deixaram sem saber onde estava nem para onde ia, creio que na altura me encontrava em Lisboa. Até que alguém me recolheu e num monte com outras moedas me colocou. Como elas tinham um ar de infelizes, de vividas, de presas a uma vida sem rumo... Separaram-me num monte de outras moedas do mesmo valor, e com várias moedas diferentes fui posta dentro de uma “pequena prisão” a que chamam de porta-moedas. Como ainda era nova e conservava o meu brilho dificilmente se queriam desfazer de mim, mas nada dura para sempre e um dia lá fui eu, descendo por uma ranhura, fui parar a um sítio escuro. Algum tempo aí fiquei até sair com um pequeno papel verde que continha o nome de um lugar. Aquele seria o novo sítio que iria conhecer, Faro. Uma jovem rapariga era a minha nova dona e fui cuidadosamente guardada, até ao dia em que juntamente com algumas notas, senhoras de grande valor e prestígio, me senti bastante honrrada, mesmo não sabendo para onde ia. Fui trocada por um saco, que pelo que me disseram continha “roupa”... “As pessoas realmente são estranhas”, pensei eu naquele momento... Das notas fui separada e posta num compartimento com as do meu valor. Cedo comecei a aprender o nome das coisas e a perceber que as pessoas me trocavam por bens, comida, bilhetes, tabaco e às vezes até me ofereciam como gorjeta. Conheci tantas cidades que já nem me lembro dos nomes de todas... Lisboa, Aveiro, Faro, Coimbra, Beja, Évora, Portimão e tantas outras...

Já habituada a esta rotina incerta, um dia fui parar ao chão, naquele momento nem sabia o nome da cidade, ou aldeia onde me encontrava, mas o ambiente era sossegado e fazia tanto calor que eu parecia que ia derreter! Ninguém me viu a não ser um pequeno rapazinho, com umas faces meigas e rosadas, que ao ver-me deu um enorme sorriso, apanhou-me e agarrou-me com força na sua mãozinha suada. Depressa me trocou por um grande gelado, mas ainda o dia não tinha acabdo e já eu me encontrava dentro de um recipiente de porcelana a que davam o nome de mealheiro. Nesta fase da minha vida, creio que estavamos quase no final do ano 2000, e os anos já me começavam a pesar, por isso resignei-me e adormeci. Passado o que me pareceu uma eternidade voltei, a ver a luz do sol. Estavamos em Janeiro de 2002 na cidade de Bragança, e iam-me trocar, a mim e às outras moedas, por novas moedas a que chamam de Euros, “Vou deixar de existir, a minha vida chegou ao fim!”, pensei eu melancólica. No Banco lá estavam elas, lindas, novas jovens, brilhantes, tal como eu era quando fui criada. Mais adiante vi as moedas de 1€, que pelo que dizem valem aproximadamente o mesmo que eu... “Boa sorte 1€, pela Europa vão ter oportunidade de viajar, mas nunca sabem onde vão parar...” Naquele momento lembrei-me das palavras sábias de uma velha companheira que conheci no início da minha existência e que me fez uma advertência parecida... Consciente de que o meu fim estava próximo, voltei ao mesmo local onde tinha sido criada, e resolvi adormecer para não me ver morrer, e então num sono profundo, morri para Portugal!...

Frieiras, uma doença do frio

Algumas pessoas no inverno sofrem de uma coisa muito incómoda que se chama frieiras. Eu sou uma dessas pessoas, e por esse motivo resolvi procurar mais informação sobre este assunto e fiquei a saber de o facto de ser mulher e de viver num clima rural com muita humidade são factores que ajudam ao aparecimento destas coisas chatas, que fazem comichão quando há calor e fazem doer quanto há frio.

Que quiserem saber mais informação sobre este assunto, consultem o site que eu também consultei e que recomendo!


segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Cuidados com a mudança de temperatura

Hoje em dia já não se percebe quando é que começam e acabam as estações do ano. Estamos agora em Janeiro e os dias já estão com uma temperatura que quase parecem de Primavera, no entanto as noite ainda continuam frias (pelo menos por estes lados).

Já não sabemos se havemos de vestir a camisola de gola alta, ou levar o cachecol. Ainda por cima estas diferenças de temperatura são "fantásticas" para as gripes e constipações, porque nunca estamos devidamente vestidos, ou temos roupa a mais, ou roupa a menos.


Como ainda só estamos em Janeiro, é provável que ainda possa vir alguma vaga de frio, por isso não arrumem a roupa e os agasalhos quentes, e não se ponham já com ideias de andar só de camisolinha fininha na rua. È aconselhável continuar a comer muita fruta e alimentos ricos em Vitamina C e não deixem de lado a hidratação das partes do nosso corpo que estão constantemente sujeitas ao frio e ao calor, como a cara, os lábios e as mãos, que estão muito sujeitos ao cieiro.


Tratem bem dos vós, porque a prevenção é a melhor forma de tratamento!

sábado, 19 de janeiro de 2008

Respeitar e ser Respeitado

Porque é que alguns portugueses ainda têm tão pouco respeito pelo espaço dos outros?

Não vou dizer que são todos, apenas alguns portugueses agem sem se preocuparem com os outros e se podem ou não estar a incomodar. Isso traduz-se pela forma como arrumam o carro, por exemplo, sempre da maneira que lhes és mais prática, sem terem em conta de que estão a impedir a entrada e saída de veículos para garagens (que é o acontece aqui na minha rua), tudo porque querem ir ao café de carro, e não o querem deixar longe. Mas este facilitismo é a dificuldade dos outros, neste caso o meu, que sempre que quero sair tenho de ir à procura nos cafés e nas lojas do dono do carro, para que ele, desvie o carro, ou o arrume de forma a facilitar e entrada e saída de outras viaturas (quando o podia ter feito logo assim que chegou). A emergência dessas pessoas muitas vezes é ir beber um café ou comprar SÓ uma garrafinha de água na loja, mas a minha emergência numa certa altura pode ser algo muito mais importante e depois recebemos um "Ai, desculpe...", mas no dia seguinte o mesmo volta a acontecer...
Será que isto é próprio da cultura portuguesa? Ou será que este sentimento de egoísmo é resultado de uma sociedade cada vez mais consumista e indivudualista, onde os actos de solidariedade são muitas vezes uma fachada para mascarar uma vida de podridão.

E vocês? Preocupam-se em respeitar os públicos e em facililar a vida uns dos outros?

Vamos respeitar primeiro para podemos ser respeitados depois.

É esta a lei da vida há já milhões de anos, temos que semear primeiro para colher depois.
É curioso pensar nisto...


Onde tu hoje andas direito já outros andaram vergados.


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Alexandra Louro

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Provérbios Enganosos


"Laranja, de manhã é ouro, à tarde prata e à noite mata!"


De certeza que todos nós já ouvimos esta expressão, ou certamente já nos disseram: "Não comas laranja à noite, que faz mal!". Mas será que faz mesmo? qual o motivo desta expressão?

A verdade é que a laranja é um fruto muito rico em Vitamina C e esta vitamina tem a propriedade de ser estimulante. Por isso, de manhã vale ouro, porque dá-nos energia para o dia, à tarde é prata, porque já não precisamos de tanta energia, uma vez que o dia já vai a meio e à noite não mata mas pode tirar o sono ou fazer com que tenhamos dificuldade em adormecer.

A laranja não é assassina, apenas deve ser consumida em alturas em que a energia da vitamina C nos vai ser mais útil!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Liso, ondulado ou encaracolado?





"O facto do cabelo ser liso depende de forma de cada fio individual. O cabelo liso tem secção transversal circular. Mas o cabelo ondulado ou encaracolado tem uma secção oval ou achatada. Quanto mais achatado é o fio (de cabelo) mais encaracolado é o cabelo."


WEST, David; "Respostas às perguntas que sempre quisteste fazer"; Porto Editora; 1993

Um dia Normal II


Acabei de adormecer. Levantei-me da cama e fiz a minha rotina diária pela primeira vez. Abro o telhado e olho lá para dentro: está um lindo dia de chuva, frio e trovoada! Hoje vou à praia!

Para isso vou desfazer um pequeno e ligeiro farnel: dez litros de sandes, três quilos de sumos, uma panela de batatas fritas e outra de salada de frutas. Para sobremesa levo uma torta de chocolate com dois metros. Não me posso esquecer de vestir a toalha; levar o fato de banho, para me deitar na areia; o protector lunar e o chapéu-de-chuva.

Ah! Que paisagem tão agradável, o vento sopra em toda a sua fúria, a chuva cai violentamente e está um frio de rachar. Vou-me divertir imenso! Assim que chego tiro as minhas coisas do chão, deito-me em cima do fato de banho e coloco o protector lunar, não posso apanhar um escaldão! Deitado confortavelmente na rija areia, feita de grandes calhaus, apanho leves e quentes banhos de lua que me refrescam. Passado algum tempo vou-me secar para dentro de água que se encontra quentíssima, não tivéssemos nós em Janeiro!

Já estou a ficar sem fome, por isso volto para o meu fato de banho e como vinte das dez sandes de areia e três dos dois metros de torta de chocolate que trouxe, enquanto a chuva me vai secando o corpo.
O sol está quase a nascer, é melhor vir para casa. Desarrumo todas as minhas coisas, entro na praia, tranco a porta de casa e entro. Dou banho ao resto da comida que trouxe da praia e arrumo-me no frigorífico. Estou sem sono, é melhor ir dormir. Deitad0 debaixo do sofá, abro os olhos, destapo-me e acordo.

Travalínguas

Sou grande apreciadora destes desafios linguísticos.

Aqui ficam alguns:



A Graça disse à Graça uma graça que não teve graça.

O original nunca se desoriginou e nem nunca se desoriginalizará Padre Pedro Prega pregos Prega pregos Padre Pedro Num ninho de mafagafos, cinco mafagafinhos há! Quem os desmafagafizá-los, um bom desmafagafizador será. Não confunda ornitorrinco com otorrinolaringologista, ornitorrinco com ornitologista, ornitologista com otorrinolaringologista, porque ornitorrinco, é ornitorrinco, ornitologista, é ornitologista, e otorrinolaringologista é otorrinolaringologista.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

O Dote e o Enxoval


Se acham que hoje em dia fazer enxoval é coisa antiquada, então e o dote? O dote, do hebraico mohar significa "preço da noiva" e eram uma série de presentes que o noivo oferecia à noiva, ou aos seus pais e familiares de forma a compensar a perda económica com a partida da filha. O dote também poderia ser do pai da noiva para a própria noiva.

Este dote era uma forma de ajudar o casal na sua vida de recém casados, ou um "seguro" no caso da morte prematura do marido. Estes presentes podiam ser sobre as mais diversas formas, como um terreno, dinheiro, jóias ou escravos. Há quem pense que o dote, quando oferecido pelo pai à sua filha, era um adiantamento da herança, ao contrário dos irmãos que teriam que esperar que o pai morresse para que pudessem receber a sua parte.

Hoje em dia os noivos já são são obrigados a pagar o dote pelas noivas, os pais por outro lado... quer sejam da noiva ou do noivo acabam sempre por abrir os cordões à bolsa quando se trata de ajudar os filhos a casar.

Segundo a tradição, o noivo leva a mobília e a noiva o enxoval para a casa. Mas porque é que é normal falar do "enxoval para o bebé" mas quando se fala se enxoval para o casamento já parece estranho? O enxoval de um bebé é tudo aquilo que é indispensável para os primeiros meses de vida da criança que VAI nascer. O enxoval de um casamento são todas as coisas básicas que nos permitem viver numa casa com comodidade.

Qualquer pessoa pode, e deve, fazer um enxoval, mesmo que não queira casar, de certeza que não quer viver eternamente na casa dos papás, e quando decidir e puder ter a sua própria casa vai precisar de todas as coisas essenciais e das quais nós já nem nos damos conta que são precisas, pois estão sempre garantidas como: loiças, talheres, toalhas, lençóis...

Fazer um enxoval não é mais do que ir armazenado coisas que podem vir a ser úteis para a nossa futura casa, como: o alguidar e o galheteiro que sairam nas rifas da festa, o conjunto de toalhas que deram à mãe, mas ela já não tem mais espaço no armário, aquela oferta de um tupperware na compra daquele detergente reles e até mesmo as pegas e o saco do pão que a avó fez.

Tudo isto não passam de medidas para se poupar dinheiro na altura de comprar coisas para a casa, mesmo que ninguém nos ofereça nada podemos, ocasionalmente, comprar (ou pedir à mãe para comprar) um cobertor ou até uma caneca!

Pensem no vosso futuro e começem a construí-lo aos poucos.