quinta-feira, 22 de abril de 2010

Controlem as vossas crianças

Se há coisa que me irrita é ver miúdos em lugares de adultos a correr e aos gritinhos como se estivessem no recreio.


Ontem, na sala de ensaios da banda, estava lá um casal com a filha que de via ter uns três aninhos.
O pai da dita menina, é um personagem deveras... peculiar. Dotado de uma sonoridade na trompete capaz de deitar paredes abaixo, e de se lembrar dos comentários mais desapropriados para a altura, (e para a idade dele também) este senhor é um misto de bêbado, emplastro e estranho. Talvez bipolar. Tinha ido beber café mas acabou por assistir ao ensaio, juntamente com a família.
A criança manteve-se relativamente sossegada ao lado da mãe, e tudo parecia normal até a criança resolver passear pela sala e mexer nos instrumentos de percursão, e estamos a falar de bateria, prato suspenso e tudo que estivesse à mão que servisse para "bater" nestes instrumentos. A mãe da criança assistia impávida e serena enquanto a filha descobria os seus dotes musicais e corria pela sala aos gritinhos e a fugir do pai, que se limitava a circular pela sala e a fazer um ar de: "Não a consigo apanhar!". Tudo isto perturbava a atenção dos músicos e incomodava também o maestro, que dotado de uma gigantesca paciencia, pedia calmamente que agarrasse a criança. O pai assim o fez, e depois começou a dançar com ela de um lado para o outro enquanto os músicos tocavam (ou tentavam) e conseguiam ver pelo canto do olho, alguém a mexer-se entusiasticamente. Mais uma vez a mãe assistia com calma a tudo. Depois de quase uma hora nisto, a bela da razão desceu àquela mente complicada e lá pegou na criança irrequieta, na mulher excessivamente descontraída, e nos seus dotes de emplastro, e foram todos embora.

Cada um que cuide dos seus, há limites para as crianças, e são os pais que têm de os impor. Irrita-me aqueles que não o fazem.

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